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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Inteligência + Caráter = Homem Integral

"Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade" (Sócrates)

Concordo com o aforismo, apesar de achar um tanto exagerado o uso da palavra "pólo". Mas vejamos: enquanto a inteligência é um atributo com vários tipos e gradações (existe inteligência emocional, espiritual, quociente lógico, etc), o caráter é algo que se aplica a pessoa como um tudo. Ou a pessoa é íntegra ou não é. É como estar grávida (tem até falsa gravidez, mas não tem "estar meio grávida"). Então vemos que a inteligência e honestidade não caminham juntas (infelizmente).

"Aprendi no berço com minha mãe que não há homem meio honesto ou meio desonesto. Ou são inteiramente honestos ou não o são" (Jânio Quadros)

A inteligência sem ética nos leva quase sempre à uma barbárie "chique", como podemos ver no caso da ascenção da Alemanha na 2ª guerra mundial, com máquinas de matar cada vez mais sofisticadas (e ainda assim a serviço da barbárie). Stephen Hawking foi criticado por acreditar que civilizações extraterrestres poderiam vir apenas pra nos explorar, mas ele apenas se espelhou no que os nossos antepassados fizeram com os nativos das Américas e África (e como os chineses fazem hoje com seu próprio povo), e como os romanos fizeram antes disso. Seres com "inteligência" superior, aliada a ganância, dizimaram culturas com as mais diversas desculpas (até mesmo trazer a "paz e democracia", como os norte-americanos no Iraque).

O aforismo revela uma preocupação com o Homem Integral. Hoje em dia, por onde anda a ética, a honestidade e o caráter? Vale alguma coisa no mercado de trabalho? Existe formação de caráter nas escolas? Aqui no Brasil, até mesmo a filosofia foi abolida da grade curricular. O que esperar de nosso futuro?

"Quando a recompensa vai para os desonestos, é difícil ser honesto gratuitamente" (Salústio)

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